terça-feira, 7 de outubro de 2008

"Primeiro gole"




Bem a criação nunca é fácil ...Mas vou tentar fazer disso uma experiência interessante... E vou tentar ser o menos caótica possível ...já que alguém pode querer ler isso algum dia ...e corre o risco de não entender nada ...rs

Nesses dias me pergunto se alguma hora vai parar de chover ???E o que são as pessoas ?... A diferença gritante entre o que fazemos e o que sentimos.

A realidade é que somos aquilo que tememos... e desejamos ser aquilo que reprimimos...mesmo que neguemos esses pequenos “demônios”.somos todos contraditórios.. e isso é fato.


Textos

Tijolo

Devo pedir mais uma dose?...
Ou sua ironia basta pra te embriagar?
Já deixamos de manter as aparências então não vai ser assim tão surpreendente...
se eu te chamar pra dançar
ao som dessa musica caótica que nossa convivência se torno

Seus vestidos elegantes um dia vão rasgar
E o que sobrar ,meu amor,desse mostro encubado em seu closet
nem as traças vão querer tomar
Como eu já disse um milhão de vezes pra você ..
Paixão não é algo que se compra no televendas da TV
Provocações ,intimações ...
e outras frustrações não vão funcionar

Eu não tenho essa ambição

nem essa sua vontade
De ter sempre alguém ao seu dispor..
E seus encantos não bastaram pra me tornar esse “alguém”

O amor não é um conto de fadas com príncipe e cavalo branco
É mais parecido com um tijolo
caindo do 28° andar na cabeça de um desavisado qualquer.

(Thaís Carvalhosa)


Sardas

Deixo desandar...
Como lampejos de pensamentos...
Plumas soltas pelo ar...
Teus sussurros quase que completamente
Mudos
São que me fazem despertar

Já não sei resistir ou negar
Sigo essa dança
Como um navio levado pelo balanço das ondas do mar
Você é a tempestade
A maré cheia
O furacão...
A doce voz que me faz naufragar

Todos os delitos estão em ti contidos
Os verdes olhos ...
Esse frágil inimigo que não consigo derrotar

Mas permaneço aqui ...
Sobre as tuas garras
Coberto por teu manto
Febril e delirante
Fiel cúmplice dos carinhos teus

Meus olhos admiram a pele que minhas mão não esquecem
Como se também quisessem...
Sentir teu calor

As sardas que cobrem tuas costas nuas

São mais que meras marcas
São cada uma um apaixonado teu
Que não se satisfez com teu adeus
E passou a pertencer a ti.

(Thaís Carvalhosa)