segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O NOME DO ESPINHO ( CITRICO )




03:00 AM 22.01.10

Eu não preciso saber o seu nome
Nenhum nome é digno da flor
Assim como o que se diz "dor"
Não descreve o sangue derramado pelo espinho
Não seria menos...
E duvido que alguém possa ser mais do que és

Te chamo de pecado

Pois sei que a pureza que te preenche
não é nada mais que a união de todos os meus vícios
envolto em em carne de mulher

nas tuas mãos não sou nada mais que um bêbado lançado ao mar

Embriagado eu sigo afundando dentro dos teus cabelos
E me pego inspirando tão fundo
Que já não sei se posso voltar

Há!... Se minhas mãos pudessem...

O toque é um vinculo passageiro
Tudo é pouco.
Tudo é muito...
Feixes , equívocos e sombras

Eu sei o que não devo

mas isso nunca será o bastante pra não desejar

quero sentir teu corpo estremecer

O que é a luz . Tal fonte que emana de você
Isso que mesmo distante a lembrança me faz despertar

Como definir o que não se pode explicar?

O teu sabor liberta tudo isso que não sei falar

O ECLIPSE





Sim. Eu não sei o que esta acontecendo
e não faço questão de saber o seu ponto de vista das coisas
Me basta saber :
Que tudo esta vindo a baixo
E você tem toda a culpa.
Você não usa uma capa nem veste a cueca por cima da calça
então não se julgue um herói.
você se quer tem as semelhanças mais idiotas pra se parecer com um
Não queira enganar usando artifícios tão podres.
Todos sabem que ela é fraca
e um tanto quanto ...infantil.
Uma boneca cheia de defeitos...
Coisa que a sua preocupação não faz questão de tentar mudar .
Menino tolo o amor é mais dor do que felicidade
Quem ama sabe perder
porque muitas vezes perde ao ganhar
A felicidade de quem não se pode tocar


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Le Skipper





As flores que hoje ressequidas 
Transformam-se em cinza 
São as mesmas que renascem em outros vasos na próxima estação 
O tempo é o senhor de tudo 
Da força e da fraqueza que recai sobre cada homem no mundo 
É um deus obscuro... que não se permite esquecer


Às vezes eu penso que não a quero 
Às vezes eu só a quero ver 


Como ratos no porão de um navio prestes a afundar 
Nossos corpos gelados se encontram 
Na ânsia de já não se bastar 
e a força com que lutamos pela vida
é a mesma que nos faz afundar 


Eu já não sei o que eu quero 
O prazer a que me atiro também é o medo que me apavora
No toque que a pele não nota, mas que faz queimar 


O que sinto?
Simplesmente me afogo

(Thaís Carvalhosa)

Vestido roxo




Eu não quero evitar certas palavras
Nem guardar pra depois estas mágoas
Às vezes nossas dores são como as águas de uma chuva de verão
Que teimam em correr pro mar

Às vezes eu me perco no "talvez"
Mas Deus sempre nos conta historias pela metade
E os resultados dos caminhos que não escolhemos
É algo que não podemos prever

A morte é a cobradora que justifica essa minha avareza com cada minuto desperdiçado
Do que adianta presentear o amor a alguém que não o quer?

Como um belo vestido indesejado
Que aquece e acolhe a pele
Mas que aos olhos da dona não lhe cai bem o bastante
Para que num domingo o vista para festejar
Tem-me, então somente
para usar

( Thaís Carvalhosa)

O Menino e a Quimera

Não espere por mim
Poupe seu tempo
Não vista seu velho olhar de sedução
Armas ultrapassadas só funcionam como piada
a quem já se acostumou com a dor que podem causar

Não finja esquecer a porta aberta
Não diga que foi sem querer

São sempre as mesmas ameaças
Escondidas em novas palavras
Farpas tão inocentes...
Que às vezes o coração as acolhe por querer

Quando os meninos crescem?
Será que são como os pássaros?
Será que a grande queda lá do alto do penhasco
Os faz subir aos céus

Eu me joguei porta a fora
E me obrigo a cada dia a não voltar
Eu não sei se é por razão ou por orgulho
Entre todos os caminhos... e esse que desconheço
Prefiro me atirar em duvidas a fraquejar

Guarde seu veneno e esqueça a morte
Tenha essa como à única certeza que você jamais poderá evitar
Eu não vou voltar