quarta-feira, 4 de agosto de 2010

GULA


Não tenho medo de você
O que temo é o meu desejo
A força descomunal que já não sei conter
O Diabo não mais sopra os meus ouvidos
Senta , assiste e se diverte
Espiando nos dois

Eu estou perdido ,mesmo antes
Não sei nada ...
O que fui e o que fazer durante?!
Nem o que fazer de mim depois ...

Simplesmente ouso a sua voz
E ela me chama ...
Como som da flauta sobre os ratos prestes a se afogar
Não tenho sentidos ...
Só uma agonia perturbadora
Um estado de êxtase , algo difícil de descrever.

Sinto o rolar dos panos ...
Tecido sobre a tua pele
O cair dos panos que desnudam um espetáculo sem igual
Talvez fosse feliz por, apenas, ver...
mas eu sempre quero um pouco mais...