sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O lobo e a porta (Ironias da Carne)




Posso?
"Não posso!"

Eu pego, abro , mordo
E não como
Mastigo... como uma vaca
Rumino
Mas acabo cuspindo tudo outra vez

Minha saliva de uma cede lasciva
Pela água de um copo ímpar...

"Será que te encontro?"

Fonte de todos os meus desejos!
Talvez "outro" tenha agora... a sorte dos teus beijos
Mas nesse azar eu me nego a pensar

"Como um banquete Francês servido a selvagens"
Você tem esse "habito"
De se dedicar a quem não a sabe apreciar
E talvez um dia eu me cansei. De toda essa cordialidade
...Dos meus bons modos
E de todo o "resto"....

"Talvez a solução seja te sequestrar"

Sigo pequenos lampejos...
Meus pensamentos vão onde não quero estar
Mesmo que seja, a madeira, força imposta
Divisora de elos
Não é uma porta o que me impede
(...Mesmo que eu tivesse dinamite)
"Outros detalhes" me impedem de arrombar

Estou farto de joguetes
Parcimônias e cerimônia
"Voltas desnecessárias no caminho de quem nunca soube esperar"

Você me diz "sim"
Mesmo quando me diz "não"
Talvez seja verdade...
Ou apenas... a mente manipulando as ideias
Para que os ouvidos tenham a "única" resposta que querem escutar

Você acha graça e brinca comigo
Talvez seja por gosto
Talvez pense não haver perigo
Mas quando muito se procura
A surpresa vem nos encontrar

"Os loucos não se arrependem nem pensam
Porque pouco podem fazer
Apenas seguem as vontades que não podem deter"

"Visto a carapuça" e ela me serve tão bem
Como a culpa que da orgulho de se ter

Um comentário:

  1. Vou te contar uma coisa ...
    Usei esta poesia numa sedução!!
    HUASSAUHASUHUHAS
    "Incrível como essa Atis escancara meus sentimentos sem saber!"
    Foi a frase que eu usei junto! =3

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