quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A MEDIDA EXATA (JOGO DOS 7)



02.12.2010

Você me disse que eu deveria ir...
Então eu fui.
Joguei todos os meus planos fora e ignorei as probabilidades
Eu apostei no sete
Mesmo sabendo que o dado só tem seis lados

O que me importa agora não é ganhar
Não é perder
E sim...
Tão pura e simplesmente...
Ser

Eu estava ao seu lado e você nunca pode me ver
Porque eu a quis assim

Eu retirei os panos e as alegorias caricatas
Os personagens com seus testos e farsas
Só deixei o meu humor
E minhas ridículas frases impensadas
Pra você saber que ainda sou
Eu.

Estou nu como jamais estive dês de nascer
Sou só eu.
Pelo, carne e temores...
Me despi da manta,
Pus o elmo sobre a lança
Retirei a armadura brilhante do herói
Estou entregue e vulnerável como nunca me deixei ser

Como um “suicida”
Que no alto de sua queda
Se conforma com o destino que o espera
E passa a amar, o que o apavora,
O chão.

Minha senhora não há mais ilusão
Só a única verdade incontestável que conheço:
De o amor é proporcional...
Cruelmente,
A medida exata... Da dor que se tem.


(Livro ao contrario N° 56)

Um comentário:

  1. "O que me importa agora não é ganhar
    Não é perder
    E sim...
    Tão pura e simplesmente...
    Ser"

    É, é mais ou menos isso. Com essas palavras.

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