quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Menino e a Quimera

Não espere por mim
Poupe seu tempo
Não vista seu velho olhar de sedução
Armas ultrapassadas só funcionam como piada
a quem já se acostumou com a dor que podem causar

Não finja esquecer a porta aberta
Não diga que foi sem querer

São sempre as mesmas ameaças
Escondidas em novas palavras
Farpas tão inocentes...
Que às vezes o coração as acolhe por querer

Quando os meninos crescem?
Será que são como os pássaros?
Será que a grande queda lá do alto do penhasco
Os faz subir aos céus

Eu me joguei porta a fora
E me obrigo a cada dia a não voltar
Eu não sei se é por razão ou por orgulho
Entre todos os caminhos... e esse que desconheço
Prefiro me atirar em duvidas a fraquejar

Guarde seu veneno e esqueça a morte
Tenha essa como à única certeza que você jamais poderá evitar
Eu não vou voltar

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